BY BLOG PROFESSORES SOLIDÁRIOS
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domingo, 20 de março de 2011
domingo, 13 de março de 2011
MENSAGEM GRENPEACE
“Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come.”
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come.”
Greenpeace
terça-feira, 8 de março de 2011
TEXTO:"O QUILO DE FEIJÃO"
Conto de mistério
Com a gola do paletó levantada e a aba do chapéu abaixada, caminhando pelos cantos escuros, era quase impossível a qualquer pessoa que cruzasse com ele ver seu rosto. No local combinado, parou e fez o sinal que tinham já estipulado à guisa de senha. Parou debaixo do poste, acendeu um cigarro e soltou a fumaça em três baforadas compassadas. Imediatamente um sujeito mal-encarado, que se encontrava no café em frente, ajeitou a gravata e cuspiu de banda.
Era aquele. Atravessou cautelosamente a rua, entrou no café e pediu um guaraná. O outro sorriu e se aproximou:
Siga-me! - foi a ordem dada com voz cava. Deu apenas um gole no guaraná e saiu. O outro entrou num beco úmido e mal-iluminado e ele - a uma distância de uns dez a doze passos - entrou também.
Ali parecia não haver ninguém. O silêncio era sepulcral. Mas o homem que ia na frente olhou em volta, certificou-se de que não havia ninguém de tocaia e bateu numa janela. Logo uma dobradiça gemeu e a porta abriu-se discretamente.
Entraram os dois e deram numa sala pequena e enfumaçada onde, no centro, via-se uma mesa cheia de pequenos pacotes. Por trás dela um sujeito de barba crescida, roupas humildes e ar de agricultor parecia ter medo do que ia fazer. Não hesitou - porém - quando o homem
que entrara na frente apontou para o que entrara em seguida e disse: "É este".
O que estava por trás da mesa pegou um dos pacotes e entregou ao que falara. Este passou o pacote para o outro e perguntou se trouxera o dinheiro. Um aceno de cabeça foi a resposta. Enfiou a mão no bolso, tirou um bolo de notas e entregou ao parceiro. Depois virou-se para sair. O que entrara com ele disse que ficaria ali.
Saiu então sozinho, caminhando rente às paredes do beco. Quando alcançou uma rua mais clara, assoviou para um táxi que passava e mandou tocar a toda pressa para determinado endereço. O motorista obedeceu e, meia hora depois, entrava em casa a berrar para a mulher:
- Julieta! Ó Julieta... consegui.
A mulher veio lá de dentro euxugando as mãos em um avental, a sorrir de felicidade. O marido colocou o pacote sobre a mesa, num ar triunfal. Ela abriu o pacote e verificou que o marido conseguira mesmo. Ali estava: um quilo de feijão.
Sérgio Porto - Stanislaw Ponte Preta
TEXTO COM INTERPRETAÇÃO: "A VELHA CONTRABANDISTA"
A VELHA CONTRABANDISTA
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim para ela:
_ Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela adquirira no odontólogo, e respondeu:
_ É areia!
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia. Muito encabulado, ordenou que a velhinha fosse em frente. Ela montou na lambreta e foi embora com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte, quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra vez. Perguntou que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou a velhinha e , todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
_ Olha vovozinha, eu sou fiscal da Alfândega com 40 anos de serviço. Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a senhora é contrabandista.
_Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o fiscal propôs:
_Eu prometo à senhora que deixa a senhora passar. Não vou dar parte, não apreendo, não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que a senhora está passando por aqui todos os dias?
-O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
_ Juro – respondeu o fiscal.
_É lambreta.
COMPREENDENDO O TEXTO
1. Esse texto é uma:
a) ( ) narrativa b) ( ) poesia c) ( ) informação d) ( ) crônica
2. É um texto que transmite:
a) ( ) momentos de tensão b) ( ) comentários policiais
c) ( ) uma situação de humor d) ( ) uma situação triste
3. Que adjetivos (qualidades) você daria a velhinha:
a) ( ) ingênua b) ( ) esperta c) ( ) caduca d) ( ) cansada
e) ( ) otimista f) ( ) pessimista g) ( ) boba h) ( ) inteligente
4. Que adjetivos (qualidades) você daria ao policial:
a) ( ) teimoso b) ( ) desconfiado c) ( ) educado d) ( ) ingênuo
e) ( ) compreensivo f) ( ) honesto g) ( ) observador h) ( ) tolo
5. O final do texto é surpreendente? Por que?
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6. Se você fosse o fiscal, teria percebido qual o contrabando? De que forma?
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7. A escrita correta da palavra “espaia” é:
a) ( ) espalia b) ( ) espalha c) ( ) espalhia
8. Na expressão: “Com um bruto saco atrás da lambreta”, a palavra grifada significa:
a) ( ) estúpido b) ( ) grande c) ( ) mal educado
9. Alfândega é o departamento onde:
a) Cobram-se impostos e taxas de produtos.
b) Compram-se produtos.
c) Vendem-se mercadorias proibidas.
10. No Brasil, muitas pessoas se vangloriam de burlar as leis. O que você acha dessa atitude?
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TEXTO ENIGMÁTICO
Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está escrito.
35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!
TEXTO COM INTERPRETAÇÃO: "MÃE COM MEDO DE LAGARTIXA"
Mãe com medo de lagartixa
Era uma vez uma mãe que tinha medo de lagartixa. No resto, era valente: ficava sozinha, cantava no escuro, tomava sopa quente.
Era mesmo corajosa: enfrentava barata, discutia com o chefe, tomava injeção toda prosa.
De bicho de pena e de bicho de pêlo, ela gostava muito. Filho dela podia ter cachorro, gato, coelho, periquito, curió, canário, porquinho da índia. Nem que fosse tudo ao mesmo tempo, ela não se incomodava, até animava, mais ainda inventava.
Peixe e jabuti, também ela deixava como ninguém. E tinha aquário redondo com peixe vermelho e tinha varanda vermelha com jabuti redondo. Se os filhos descobrissem macaco de asa, ela era capaz de deixar em casa.
Se para uma vaca encontrasse lugar, não ia ser ela quem ia atrapalhar.
Mas sapo? Minhoca? Perereca? Camaleão? Nem queria saber. Disfarçava e ia se esconder. Os filhos explicavam:
__ Mamãe, que é que tem? Um bicho tão bonzinho, não faz nada, olha aí!
Ela olhava. Mas não gostava.
E aqueles lagartinhos nas pedras-do-sol?
__ Um bichinho à toa, mãe deixava de ser boba!
Mas aí ela era boba. Tão boba que, no caminho da praia, pelo meio de matinho ia pisando forte e falando alto, fazendo barulho só para assustar os lagartinhos – que saíam correndo, morrendo de medo de uma mulher tão grande e barulhenta.
Mas o medo maior era o que a mãe tinha de lagartixa.
Ana Maria Machado
Interpretação do Texto
1)Qual é o título do texto? _______________________________________
E o autor? ____________________________________________________
2) Qual era o maior medo da mãe?R:____________________________ E sua mãe tem algum medo? ___________________________________________
______________________________________________________________
3)Quais os bichos que aparecem no texto?R:_________________________
___________________________________________________________
4)Você tem medo de alguma coisa?De quê?R:_______________________
5) Escreva como é sua mãe: _______________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6) O texto fala...
(A) da lagartixa (B) do medo da mãe (C) dos bichos
7) “A mãe só tinha medo de lagartixa”.
A afirmação acima é:
( ) verdadeira ( ) falsa.
8)Complete as frases com as palavras abaixo:
mães – presente – beijos – cartão – bonita
1 – Mamãe não é feia, ela é ________________________________
2 – Vou dar para minha mãe no seu dia um _____________________.
3 – Comprei um ______________________ para colocar no presente.
4 - Vou cobri-la de mil _________________________________.
5 – Comemoramos no segundo domingo de maio o dia das ____________.
9) Marque com um X as frases afirmativas.
a) Ana Paula gosta de ler. ( ) b) Sandra não fez a tarefa. ( )
c) Carla fez o dever de casa. ( ) d) Júlia não fez bagunça hoje. ( )
e) Isabela gosta de pular corda. ( ) f) Não gosto de televisão. ( )
10) Escreva C para encontro consonantal e V para encontro vocálico:
( ) genro ( ) cavaleiro ( ) grata
( ) baile ( ) príncipe ( ) juiz
( ) genro ( ) cavaleiro ( ) grata
( ) baile ( ) príncipe ( ) juiz
( ) ladra ( ) comadre ( ) pente
( ) arco ( ) avião ( ) caixa
( ) arco ( ) avião ( ) caixa
11) Separe as sílabas das palavras e classifique-as quanto ao número de sílabas:
passarinho _______________________________________________________________
bala_____________________________________________________________________
árvore___________________________________________________________________
árvore___________________________________________________________________
cachorro _________________________________________________________________
animal __________________________________________________________________
animal __________________________________________________________________
jornal ___________________________________________________________________
TEXTO PARA PONTUAR : "PARA QUEM É O PRESENTE"
- Leia o texto abaixo e depois responda as questões a seguir:
PARA QUEM É O PRESENTE ?
Dona Sara saíra de viagem. Sua ausência duraria aproximadamente dois meses, pois visitaria
na Itália seus parentes, os quais não viam há 20 anos. Mas antes de viajar, dona Sara deixou um presente. Não disse para quem era, mas, no pacote havia um cartãozinho em que ela havia escrito quem era o destinatário do presente.
Após a partida, reuniram-se o filho, a nora, os netos e Renata, sua melhor amiga, para ler o cartão e saber de quem era esse pacote enorme e tentador.
O filho leu a mensagem, e era evidente que sua mãe havia deixado o presente para ele. Todos iam saindo preocupados, quando Renata gritou:
- Um momento ! Eu sabia que Sara não ia fazer isso comigo, afinal, sou sua melhor amiga.
E acrescentou com um sorriso de triunfo:
- Escutem isto.
Então leu o cartão em voz alta, e ninguém pode duvidar : o presente era para ela.
A esta altura dos acontecimentos, todos quiseram ler o cartão e viram que os dois não estavam mentindo.
Vamos ver se você descobre o mistério.
O cartão era este:
1) Pontue o bilhete de modo que o presente vá para o filho:
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA
SARA
2) Pontue o texto como Renata imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA
SARA
3) Coloque os pontos como o neto imaginou :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA
SARA
4) Pontue de modo que o presente vá para a neta :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA
SARA
5) Coloque os pontos como a nora leu :
ESTE PRESENTE É PARA MEU NETO NÃO PARA MINHA NETA TAMBÉM NÃO PENSO EM DÁ-LA PARA RENATA MINHA MELHOR AMIGA NÃO É PARA MEU FILHO JAMAIS SERÁ DADO PARA MINHA NORA ELISA
SARA
Querem saber como terminou esta história ?
Como não puderam chegar a um acordo, tiveram que esperar que a vovó voltasse, para saber quem era o afortunado. Por sorte, ela estava arrependida de haver deixado só um presente e trouxe mais quatro surpresas. Desta forma, ninguém ficou de mãos vazias e todos ficaram contentes. E assim, a história do presente chegou ao fim.
TEXTO PARA COMPLETAR COM ADJETIVOS: "Príncipe e princesa"
Participe dessa história, fazendo as personagens serem do jeito que você quiser. O Príncipe e a Princesa podem ser heróicos, atrapalhados, bravos, engraçados, românticos... Preste atenção e escreva nas lacunas apenas adjetivos ou locuções adjetivas. Divirta-se!!!
Era uma vez um Príncipe ____________________________ e ____________________________ que morava num país _____________________, às margens de um rio _____________________ . Do outro lado do rio eram as terras de outro país que não era tão ______________________ . Lá morava uma Princesa que era tão _______________________________ quanto ______________________.
O __________________ amigo do Príncipe era um Dragão _____________________________________________ e _________________ que morava na floresta mais __________________________________ do lugar, que também ficava às margens do rio.
Todos os dias o Príncipe se banhava nele; ele era um ____________________________nadador.E todos os dias a Princesa tomava sol na margem oposta, sem nunca se encontrarem porque as margens eram muito ________________________ .
Um dia o Príncipe decidiu atravessar o rio nadando para conhecer a ____________________Princesa. Pediu ao seu amigo Dragão que o ajudasse na travessia nadando por baixo da água que ele não afundasse caso se cansasse. E assim foram. Acontece que lá pelo meio do caminho o __________________Príncipe, de tão cansado, começou a engolir água e quase se afogou. O Dragão, pensando em ajudá-lo, subiu à tona e nesse instante foi visto pela Princesa, que pensou que um monstro ___________________ estava atacando o ____________________Príncipe. Imediatamente mandou seus guardas capturarem o Dragão e levarem-no para uma caverna _____________________, mantendo preso o _____________________ Dragão.
O __________________Príncipe teve que explicar tudinho para esclarecer a _____________________ confusão.
O Príncipe ficou __________________ e a Princesa __________________, mas no final acabaram se entendendo. O Dragão nem ligou e dormiu preguiçosamente lá na ____________________ caverna esperando tudo passar.
Assim eles se tornaram ___________________amigos e passaram muitos dias ______________________ , se divertindo a valer, tanto que acabaram até esquecendo essa história.
O Dragão?! Bem, o Dragão só acordou depois de muuuiiiito tempo e ficou ______________
_______________, sem entender nada. Ele achou essa história muito ____________ e começou a gritar:- Tirem-me daquiiiiii !!!!!
TEXTO COM INTERPRETAÇÃO: "VÓ CAIU NA PISCINA"
Vó caiu na piscina
De noite na casa da serra, a luz acabou. Entra o garoto:
− Pai, vó caiu na piscina.
− Tudo bem, filho.
O garoto insiste:
− Escutou o que eu falei pai?
− Escutei, e daí? Tudo bem.
− Ce não vai lá?
− Não estou com vontade de cair na piscina.
− Mas ela ta lá...
Eu sei você já contou. Agora deixe seu pai fumar um cigarrinho descansado.
− Ta escuro, pai.
− Assim até é melhor. Eu gosto de fumar no escuro. Daqui a pouco a luz volta. Se não voltar, dá no mesmo. Pede a sua mãe pra acender a vela na sala. Eu fico aqui mesmo, sossegado.
− Pai...
Meu filho vá dormir.
− Vó ta com uma vela.
− Pois então? Tudo bem. Quando ela sair da piscina, pega a vela e volta direitinho pra casa. Não vai errar o caminho, você sabe muito bem que sua avó não precisa de guia.
− Por que ce não acredita no que eu digo?
− Como não acredito? Acredito sim.
− Ce não ta acreditando.
− Você falou que a sua avó caiu na piscina, eu acreditei, tudo bem. Que é que você queria que eu dissesse?
− Não pai, ce não acreditou ni mim.
− Ah, você está me enchendo. Vamos acabar com isso. Eu acreditei quantas vezes você quer que eu diga isso? Ou você acha que estou mentindo?
− Não te chamei de mentiroso.
− Não chamou, mas está duvidando de mim. Bem, não vamos discutir. Sua avó caiu na piscina e daí? É um direito dela. Não tem nada de mais cair na piscina. Eu só não caio porque estou meio resfriado.
− Ô, pai!!!
O garoto saiu desolado. Daí a pouco chega a mãe:
− Eduardo, você sabe que dona Marieta caiu na piscina?
− Até você, Fátima? Não chega o Nelsinho vir com essa ladainha,
− Eduardo, está escuro que nem breu, sua mãe tropeçou, escorregou e foi parar dentro da piscina, ouviu? Está com uma vela acesa na mão, pedindo que tirem ela de lá, ela está com a roupa encharcada, e se você não for depressa ela morre, Eduardo!
− Como? Por que aquele moleque não me disse isto logo? Ele falou apenas que ela tinha caído na piscina, não explicou que ela tinha tropeçado, escorregado e caído!
Saiu correndo, nem esperou a vela, tropeçou, quase ia parar também dentro
d’água :
− Mamãe, me desculpe! O menino não me disse nada direito. Falou só que a senhora caiu na piscina. Eu pensei que a senhora estava se banhando.
− Está bem Eduardo − disse dona Marieta, saindo da água pela mão do filho, e sempre empunhando vela que conseguira manter acesa. − Mas de outra vez você vai prestar mais atenção no sentido dos verbos, ouviu? Nelsinho falou direito, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!!!
(Carlos Drummond de Andrade)
Interpretação de texto:
1. Leia o trecho:
− Pai, vó caiu na piscina.
− Tudo bem filho.
a. O que Nelsinho quis dizer? ________________________________________________________________________________________________________________
b. O que Eduardo entendeu?
________________________________________________________________________________________________________________
c. O que causou a confusão?
________________________________________________________________________________________________________________
2. No texto, predomina o diálogo, ou seja, as personagens conversam.
Observe os sinais de pontuação e responda.
a. Para que serve os dois- pontos? ________________________________________________________________________________________________________________
b. Para que serve o travessão?
________________________________________________________________________________________________________________
3. Qual é o clímax da história? ________________________________________________________________________________________________________________
4. Você concorda com a fala de dona Marieta quando ela diz que o filho teve “acesso de burrice”? Explique o que entendeu.
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5. Copie o texto no caderno trocando a linguagem coloquial pela linguagem culta.
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